A pressão por uma agricultura mais limpa e eficiente acelera a busca por alternativas ao uso excessivo de defensivos químicos. Nesse contexto, as vespas microscópicas do gênero Trichogramma se consolidam como ferramentas estratégicas no Manejo Integrado de Pragas (MIP), já que ajudam a reduzir prejuízos nas lavouras e garantem ganhos de produtividade com menor impacto ambiental.
Como funcionam no campo
O mecanismo é simples: as fêmeas depositam seus ovos diretamente nos ovos das pragas. No lugar de lagartas, surgem novas vespas, que interrompem o ciclo das infestações. Essa estratégia pode atingir até 80% de eficácia, desde que aplicada no momento correto e acompanhada por técnicos especializados. O resultado é duplo: menos químicos no campo e lavouras mais equilibradas ecologicamente.
Diversidade e aplicações
O Brasil reúne mais de 200 espécies de Trichogramma, com destaque para T. pretiosum, T. galloi e T. atopovirilia. Cada uma delas atua em alvos distintos, entre os quais se destacam a lagarta-do-cartucho do milho, a Helicoverpa da soja, a broca-da-cana e a traça das hortaliças. Por isso, a tecnologia atende culturas variadas como milho, soja, algodão, cana-de-açúcar, tomate, frutas e hortaliças em geral.
Inovação e novos modelos de aplicação
Empresas brasileiras têm ampliado a oferta de bioinsumos baseados em Trichogramma, explorando tecnologias de liberação que vão de cartelas biodegradáveis até o uso de drones para dispersão em larga escala. Essas inovações aproximam o controle biológico da realidade de grandes produtores, mas especialistas lembram que fatores como monitoramento constante, clima e treinamento de equipes são decisivos para garantir resultados.
Porto Safra e o futuro do agro
A evolução do controle biológico mostra como o agro brasileiro alia tradição e inovação para enfrentar os desafios da produção. A Porto Safra acompanha de perto esse movimento, apoiando soluções que unem sustentabilidade, competitividade e eficiência nas cadeias produtivas.
Microscópicas, mas poderosas: as vespas Trichogramma representam uma das alternativas mais promissoras do controle biológico no Brasil. Elas reforçam a transição para uma agricultura mais sustentável e dão ao produtor uma arma natural contra pragas que ameaçam as principais culturas do país.
Érica Resende
Conteúdo – Porto Safra
