Diferença de preços favoreceu produtores da variedade Tommy frente à Palmer
No Vale do São Francisco (BA/PE), a variedade Tommy Atkins se destacou em agosto de 2025, registrando maior retorno financeiro para os produtores quando comparada à Palmer.
Segundo dados do Hortifrúti/Cepea, ambas as variedades tiveram produtividade reduzida no período, reflexo de condições menos favoráveis no campo. Enquanto isso, as médias ficaram em 25,8 toneladas por hectare para a Palmer e 17,8 t/ha para a Tommy.
Custos estáveis, preços decisivos
Os custos de produção permaneceram semelhantes aos de julho. Por isso, o diferencial da rentabilidade esteve ligado principalmente ao preço de comercialização. A oferta mais restrita da Tommy impulsionou os valores em 36% frente ao mês anterior. Assim, o produtor conseguiu alcançar uma rentabilidade de R$ 1,02/kg, avanço de 85% em relação a julho.
Já a Palmer enfrentou o movimento contrário. No entanto, os preços médios recuaram 26%, reduzindo sua rentabilidade para cerca de R$ 0,44/kg. Dessa forma, houve queda de 60% em comparação ao mês anterior.
Expectativas para os próximos meses
Apesar da valorização registrada em agosto, especialistas projetam margens mais apertadas para os próximos meses. Isso porque a expectativa é de aumento da oferta nacional, o que deve pressionar os preços de ambas as variedades. Portanto, será necessário maior cautela no planejamento comercial dos produtores do Vale.
Porto Safra e o mercado de frutas
Para a Porto Safra, acompanhar de perto os movimentos do mercado de frutas é essencial. Além disso, o desempenho das variedades de manga no Vale do São Francisco reforça a importância de soluções logísticas e comerciais que deem suporte aos produtores, fortalecendo cadeias sustentáveis e ampliando a competitividade do agro brasileiro.
Érica Resende
Conteúdo – Porto Safra