O Paraná caminha para registrar a maior safra de tabaco de sua história. De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral), vinculado à Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), a área cultivada deve alcançar 85,3 mil hectares na temporada 2025/26. O crescimento de 3% em relação ao ciclo anterior supera o recorde registrado em 2005/06, quando foram plantados 83,6 mil hectares.
Se as condições climáticas colaborarem, a produção pode atingir 217,5 mil toneladas, superando o volume de 195,1 mil toneladas colhidas na safra passada. O desenvolvimento das lavouras será acompanhado de perto, já que apenas uma pequena parcela recebeu mudas até o início de setembro, e a colheita se estenderá até março de 2026.
Clima como fator determinante
Nos últimos ciclos, a cultura registrou produtividades médias de 2,3 a 2,6 mil quilos por hectare, números que ajudam a sustentar o otimismo para 2025/26. Entretanto, o Deral alerta para os efeitos do fenômeno La Niña, que pode reduzir as chuvas no estado e aumentar o risco de geadas tardias — pontos que podem interferir no resultado final da safra.
Tabaco e a renda no campo
A cultura segue desempenhando papel estratégico para pequenos produtores do Sudeste paranaense, que encontram no tabaco uma fonte segura de receita. O avanço recente da soja havia limitado o crescimento da área, mas a queda na rentabilidade dos grãos abriu espaço para a retomada do tabaco.
Outro atrativo é o modelo de contratos com a indústria, que garante remuneração no momento do plantio, proporcionando estabilidade financeira aos agricultores.
Conclusão
O tabaco mantém sua relevância econômica no Paraná e projeta uma safra recorde em 2025/26. Apesar da expectativa positiva, o clima será decisivo para confirmar os números. Se as condições se mantiverem favoráveis, a cultura deve reforçar sua importância como alternativa de renda para milhares de famílias no estado.
Érica Resende
Conteúdo – Porto Safra